Com foco em modular microbiota intestinal, estudo com a planta medicinal silimarina revelou benefícios na qualidade de vida de obesos
Metodologia do estudo com a planta medicinal silimarina
Os testes foram realizados em voluntários entre 44 e 64 anos, sendo homens e mulheres, com sobrepeso e obesidade.
Durante 6 meses, os voluntários tomaram duas doses, duas vezes ao dia (quatro cápsulas diárias).
O teste foi realizado no método duplo-cego, ou seja, os pesquisadores não sabiam quem estava ingerindo o suplemento com ou sem a silimarina.
No período em que tomaram a suplementação, os voluntários não podiam fazer alterações em suas dietas ou realizar atividades físicas.
O resultado foi melhor nos pacientes obesos, apontou Ana Flávia.
De acordo com Ana Flávia, os resultados do estudo foram mistos. A silimarina teve um efeito superior em alguns dados, por exemplo, a modulação da microbiota. Ela falou que, modulando a microbiota, houve até diminuição de um perfil lipídico.
Os destaques do estudo chamam a atenção para a redução no Índice de Massa Corporal (IMC) e circunferência abdominal, melhoria na qualidade de vida, redução na expressão de citocinas inflamatórias, redução do marcador AST/ALT, diminuição dos níveis do “hormônio do estresse” e modulação de bactérias importantes na manutenção da saúde intestinal.
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A biomédica e seu grupo de pesquisadores vem realizando diversos trabalhos relacionados ao intestino. “A gente viu que a obesidade altera o microbioma. Ela altera tanto a morfologia do intestino, quanto as bactérias. E, quando você altera a morfologia do intestino, vai diminuir a absorção e/ou vai produzir citocinas inflamatórias. Quando você muda, você desequilibra a bactéria”, falou.
Segundo a biomédica, já existe uma empresa que está comercializando a formulação nutracêutica com silimarina. “É uma coisa que, aqui no Brasil, está começando agora. Mas, lá fora, eles já usam muito os prebióticos associados a minerais”, disse.
Fonte: Isabela Thurmann l Metropoles

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